" Isso aqui é muito emocionante!!!"
De Hercules na nossa sala, jogando seu XBox 360 on line, com um outro amante de video game lá nos EUA...
Cheiros,
terça-feira, dezembro 04, 2007
Frase da semana...
De Hercules na nossa sala, jogando seu XBox 360 on line, com um outro amante de video game lá nos EUA...
Cheiros,
sexta-feira, novembro 30, 2007
Novo dia
Dia usual de trabalho.
Lá no ambulatório... ouvir pacientes, ajudar no possível, orientar, marcar cirurgias.
A manhã corre em companhia de muitas pessoas das quais, preciso confessar, nem sempre lembro o nome.
É deselegante, eu sei, mas se de algum consolo serve, se não lembro dos nomes de todos que conheço, dificilmente esqueço um rosto. Por isso, logo que cheguei, percebi a presença do filho de uma paciente.
D. Lindaura... moradora de uma cidade fronteiriça, sempre em trânsito... não pensava em deixar sua casa pelos filhos, mas não deixava de ver seus filhos em suas casas, mesmo que fossem há algumas centenas de quilômetros distantes. Uma senhora alegre, apesar dos anos difíceis, segundo ela mesma constumava contar.
O seu filho sempre a acompanhava, procurando entender o problema e assim, ajudar.
Ele esperou que eu atendesse a todos os pacientes marcados e, ao final, pediu para entrar.
- Bom dia doutora, posso entrar e falar com a senhora?
- Claro que sim. Como vai sua mãe? Já não está no período de retorno?
- É sobre ela que vim falar. Eu vim aqui dizer que minha mãe agora está com Deus...
Surpresa a ponto de perceber minha expressão no olhar dele, enquanto na minha cabeça retumbavam as possíveis causas mortis "será que ela teve uma trombose e complicou com uma embolia pulmonar ou aquela úlcera infectou novamente e ela não foi bem tratada..." perguntei:
- Mas... o que aconteceu?
- Segundo os médicos lá na Bolívia, onde ela foi atendida, foi infecção na vesícula, que estourou.
- Meu Deus... e há quanto tempo foi isso?
- Vai fazer dois meses. E eu vim aqui, para dizer à senhora o que tinha acontecido, porque eu sei que a senhora ia ficar pensando porquê ela não voltou para o retorno...
- É muita gentileza sua.
- E também agradecer por todo o carinho e toda a atenção que a senhora teve com ela nesse tempo de tratamento. Ela estava muito bem, feliz porque voltou a fazer as coisinhas dela e falando para as amigas que não sentia mais nada na perna.
- Eu não sei o que dizer... eu que agradeço a sua atenção e consideração em ter vindo aqui, me avisar, apesar de sua dor.
- Não precisa dizer nada...
Nos despedimos com um aperto de mãos e desejos de felicidades para este fim-de-ano... apesar das infelicidades.
Passei o resto do dia pensando no gesto dele. E no desenho de um Smilinguido que um paciente me deu em agradecimento por tê-lo tratado num trauma. E na galinha caipira que uma paciente veio me trazer. E no queijo que outra fez questão de me dar. E no sorriso de satisfação da paciente que operei no último sábado...
... e na frase de uma amiga ginecologista: "Eu sou muito amada na minha profissão."
Eu não tenho a pretensão de ser tão amada quanto ela, que lida com duas vidas ao mesmo tempo, que conforta mães aflitas e ajuda a pôr seus filhos no mundo. Eu, como cirurgiã, por vezes preciso impor procedimentos e ser incisiva em algumas situações mas, momentos como estes levam as dificuldades da profissão para um cantinho distante, fazem os dias ruins irem embora e reiteram meu amor pela medicina.
Literalmente.
Lá no ambulatório... ouvir pacientes, ajudar no possível, orientar, marcar cirurgias.
A manhã corre em companhia de muitas pessoas das quais, preciso confessar, nem sempre lembro o nome.
É deselegante, eu sei, mas se de algum consolo serve, se não lembro dos nomes de todos que conheço, dificilmente esqueço um rosto. Por isso, logo que cheguei, percebi a presença do filho de uma paciente.
D. Lindaura... moradora de uma cidade fronteiriça, sempre em trânsito... não pensava em deixar sua casa pelos filhos, mas não deixava de ver seus filhos em suas casas, mesmo que fossem há algumas centenas de quilômetros distantes. Uma senhora alegre, apesar dos anos difíceis, segundo ela mesma constumava contar.
O seu filho sempre a acompanhava, procurando entender o problema e assim, ajudar.
Ele esperou que eu atendesse a todos os pacientes marcados e, ao final, pediu para entrar.
- Bom dia doutora, posso entrar e falar com a senhora?
- Claro que sim. Como vai sua mãe? Já não está no período de retorno?
- É sobre ela que vim falar. Eu vim aqui dizer que minha mãe agora está com Deus...
Surpresa a ponto de perceber minha expressão no olhar dele, enquanto na minha cabeça retumbavam as possíveis causas mortis "será que ela teve uma trombose e complicou com uma embolia pulmonar ou aquela úlcera infectou novamente e ela não foi bem tratada..." perguntei:
- Mas... o que aconteceu?
- Segundo os médicos lá na Bolívia, onde ela foi atendida, foi infecção na vesícula, que estourou.
- Meu Deus... e há quanto tempo foi isso?
- Vai fazer dois meses. E eu vim aqui, para dizer à senhora o que tinha acontecido, porque eu sei que a senhora ia ficar pensando porquê ela não voltou para o retorno...
- É muita gentileza sua.
- E também agradecer por todo o carinho e toda a atenção que a senhora teve com ela nesse tempo de tratamento. Ela estava muito bem, feliz porque voltou a fazer as coisinhas dela e falando para as amigas que não sentia mais nada na perna.
- Eu não sei o que dizer... eu que agradeço a sua atenção e consideração em ter vindo aqui, me avisar, apesar de sua dor.
- Não precisa dizer nada...
Nos despedimos com um aperto de mãos e desejos de felicidades para este fim-de-ano... apesar das infelicidades.
Passei o resto do dia pensando no gesto dele. E no desenho de um Smilinguido que um paciente me deu em agradecimento por tê-lo tratado num trauma. E na galinha caipira que uma paciente veio me trazer. E no queijo que outra fez questão de me dar. E no sorriso de satisfação da paciente que operei no último sábado...
... e na frase de uma amiga ginecologista: "Eu sou muito amada na minha profissão."
Eu não tenho a pretensão de ser tão amada quanto ela, que lida com duas vidas ao mesmo tempo, que conforta mães aflitas e ajuda a pôr seus filhos no mundo. Eu, como cirurgiã, por vezes preciso impor procedimentos e ser incisiva em algumas situações mas, momentos como estes levam as dificuldades da profissão para um cantinho distante, fazem os dias ruins irem embora e reiteram meu amor pela medicina.
Literalmente.
domingo, novembro 25, 2007
Férias - Capítulo I - A escolha
É certo que férias são sempre um assunto delicado.
Quando famílias reúnem-se para decidir para onde vão, há sempre uma preocupação com locais adequados para crianças ou onde deverão deixá-las caso os pais queiram um momento mais privado, por assim dizer. Pode-se discutir sobre montanhas ou desertos, vida de mochileiro ou conforto, quantas cidades ou quanto tempo numa cidade mas, acho que a maior dúvida é sempre: frio ou sol?
Para nós, nordestinos egressos, com as famílias ansiosas para nos ver e nós ansiosos para ver as famílias, não havia este problema. Poderíamos desfrutar dos dois...
- Quero ir para um lugar frio. Já vamos ficar em Maceió... Quais as nossas opções?
Ele olha para mim com aquela expressão que quer dizer "todo o mundo, amor, é a nossa opção". E eu intervi...
- Sim, eu sei que podemos escolher ir para o Kwait, mas nós não vamos, não é?
- Bom, pensei em Espanha, New York, Chile...
- Espanha?!
- Espanha... parece muito bom. Mas o euro deixará a viagem mais cara.
- Sei... ainda vamos para Alagoas... - falei.
- Isso.
- E nossas férias serão em outubro, mas eu quero ir a New York no Natal (fazendo beicinho)...
- Ah... seria ótimo ir a New York e ver a neve...
- Eu gosto da idéia de ir ao Chile. É friozinho, relativamente perto, não precisamos de passaporte. Acho que seria bom.
- Passar na Ilha de Páscoa...
- Isso!! Vamos ao Chile!!
E assim, numa noite, ainda em abril, decidimos que iríamos ao Chile, que conheceríamos a Ilha de Páscoa e viajaríamos para o frio antes de chegar ao sol e à praia...
Folders, guias, mapas, agências de turismo, conversores de moeda, sites de busca e imagens do país-alvo viraram uma constante nas pesquisas e compras de Hercules que, com dedicação semelhante à das doze tarefas, fez todo o planejamento. Quantos dias em Santiago, na Ilha de Páscoa, em São Paulo, em Alagoas e em Brasília, com detalhes de programação a ser informados nos próximos capítulos.
Se me perguntarem o que eu decidi... só tive o poder de veto. Deixei todo o planejamento para ele que, em suas próprias palavras, queria fazer destas as nossas melhores férias!
O que posso adiantar-lhes... ele conseguiu.
Cheiros,
sábado, novembro 24, 2007
Palavras de Dalai...
"Em primeiro lugar, deveríamos avaliar nossa própria atitude para com os outros e verificar constantemente se estamos agindo bem. Antes de apontar o dedo para os outros, devemos apontá-lo para nós mesmos. Em segundo lugar, devemos estar preparados para reconhecer nossos erros e procurar corrigi-los."
Cheiros,
Sem título...de um autor desconhecido
Faça de conta
Por um momento
Que eu não existo
Veja como se sente
Sinta como se vê
Imagine
Por uma fração de segundo
Que o tempo não passou
Que você está de volta
Àqueles minutos...
Deixe-se levar
Pelo sabor da liberdade
E pela leveza do descompromisso
Pelo sim
A quem você quiser
Saboreie
Os abraços
Os beijos
Os dissabores
Os desgostos
De vários... de todos
Outros gozos
Sonhe...
Desperte.
E me conte como foi...
Na volta... Me diga
Detalhe
Retalhe
Sem cuidados
Que os pedaços... eu cato
Depois... reflita
Faça-me só desta vez sua amiga
E responda a minha questão:
Seria você mais feliz então?
Por um momento
Que eu não existo
Veja como se sente
Sinta como se vê
Imagine
Por uma fração de segundo
Que o tempo não passou
Que você está de volta
Àqueles minutos...
Deixe-se levar
Pelo sabor da liberdade
E pela leveza do descompromisso
Pelo sim
A quem você quiser
Saboreie
Os abraços
Os beijos
Os dissabores
Os desgostos
De vários... de todos
Outros gozos
Sonhe...
Desperte.
E me conte como foi...
Na volta... Me diga
Detalhe
Retalhe
Sem cuidados
Que os pedaços... eu cato
Depois... reflita
Faça-me só desta vez sua amiga
E responda a minha questão:
Seria você mais feliz então?
...
Será que seríamos mais felizes se pudéssemos desfazer, refazer, reviver e optar sem perder o que se tem?
...
Pensando
...
Cheiros,
quinta-feira, novembro 22, 2007
Pensamentos de Dalai
Há cinco anos, Hercules me deu uma agenda que traz, em cada dia, um pensamento de Dalai Lama...
Esta agenda, além dos meus mortais afazeres, conta com registros de pensamentos meus, assim como de receios, paranóias e as outras dúvidas do título.
Mas não, caros e raros leitores, não vou relatar as palavras por mim escritas. Vou deixar-lhes as frases de Dalai Lama, correspondente a cada dia na agenda...
Aqui está o primeiro da série:
Esta agenda, além dos meus mortais afazeres, conta com registros de pensamentos meus, assim como de receios, paranóias e as outras dúvidas do título.
Mas não, caros e raros leitores, não vou relatar as palavras por mim escritas. Vou deixar-lhes as frases de Dalai Lama, correspondente a cada dia na agenda...
Aqui está o primeiro da série:
"A melhor maneira de ter certeza de que um dia nos aproximaremos da morte sem remorsos é agindo de maneira responsável e manifestando compaixão pelos outros no presente."
Cheiros,
Entre a preguiça e a falta de coragem...
Então...
Eu disse que tentaria ficar, estar mais perto, escrever um pouco, mas 8 dias passaram e eu não escrevi.
Talvez por preguiça mesmo.
Constantemente este pecado me atinge para muitas coisas. É uma moleza quase soteropolitana para estudar, para me exercitar e até para pensar.
Dá vontade de ligar o piloto automático e deixar-me levar pelos dias. Sem refletir muito, sem gastar muito tempo e energia pensando.
Afinal nem sempre os pensamentos servem para alguma coisa.
E se não é pela preguiça... tem sempre a desculpa do tempo, que se transformou em artigo de luxo.
Deveriam vender tempo em caixinhas de vidro. Já pensaram no diálogo travado no balcão da "Time's store" ?
- Ehr... quanto custa um pacote com 24 horas?
- Esta apresentação está em falta, senhora. Temos de 6, 12 e 36 horas apenas.
- Então, quero duas embalagens de 12 horas... E rápido, por que não tenho tempo a perder.
Infame...
Cheiros
Eu disse que tentaria ficar, estar mais perto, escrever um pouco, mas 8 dias passaram e eu não escrevi.
Talvez por preguiça mesmo.
Constantemente este pecado me atinge para muitas coisas. É uma moleza quase soteropolitana para estudar, para me exercitar e até para pensar.
Dá vontade de ligar o piloto automático e deixar-me levar pelos dias. Sem refletir muito, sem gastar muito tempo e energia pensando.
Afinal nem sempre os pensamentos servem para alguma coisa.
E se não é pela preguiça... tem sempre a desculpa do tempo, que se transformou em artigo de luxo.
Deveriam vender tempo em caixinhas de vidro. Já pensaram no diálogo travado no balcão da "Time's store" ?
- Ehr... quanto custa um pacote com 24 horas?
- Esta apresentação está em falta, senhora. Temos de 6, 12 e 36 horas apenas.
- Então, quero duas embalagens de 12 horas... E rápido, por que não tenho tempo a perder.
Infame...
Cheiros
quinta-feira, novembro 15, 2007
E assim recomeça um blog...
- Amor... já fez um novo blog?
- Não, meu bem.
- E porque não?
- Não sei bem... talvez um misto de preguiça e falta de inspiração.
- Ah, mas deveria. Você gosta de escrever. Nossas famílias iriam gostar e... temos tantas boas histórias das férias...
- Acho que você tem razão... e não precisa dizer: "eu sempre tenho razão"
(risos)
Desta vez... tentarei ficar.
- Não, meu bem.
- E porque não?
- Não sei bem... talvez um misto de preguiça e falta de inspiração.
- Ah, mas deveria. Você gosta de escrever. Nossas famílias iriam gostar e... temos tantas boas histórias das férias...
- Acho que você tem razão... e não precisa dizer: "eu sempre tenho razão"
(risos)
Desta vez... tentarei ficar.
Assinar:
Postagens (Atom)
